Saiba onde descartar o lixo eletroeletrônico, um novo item que se soma à vasta lista de problemas que afetam a ecologia.
Jogar fora um computador usado ou um celular antigo é difícil. A lixeira, com certeza, não é o lugar mais adequado.
Artefatos eletroeletrônicos contêm materiais que demoram a se decompor – plástico, metal e vidro – e outros altamente prejudiciais à saúde, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel. "Quando jogadas no lixo comum, que segue para aterros sanitários, essas substâncias penetram no solo, contaminando lençóis freáticos e, aos poucos, animais e seres humanos", diz o professor do Instituto de Química da UFRJ Júlio Carlos Afonso.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas, o Brasil atingiu, em maio, 60 milhões de computadores em uso. "A rápida obsolescência dos modelos e a compulsão por comprar os últimos lançamentos levam a um descarte anual de 1 milhão de computadores no país", calcula Afonso. Apesar disso, não existe ainda lei ou norma federal que regule o descarte de resíduos eletrônicos. Há algumas soluções, mas o problema está
- Pilhas e baterias: uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que, a partir de novembro de 2010, fabricantes ou importadores de pilhas e baterias serão responsáveis pela coleta desses materiais. O usuário poderá devolver o produto à loja onde o comprou, ou à assistência técnica autorizada, para que seja encaminhado ao fabricante. Alguns revendedores já cumprem a determinação. Outra opção é utilizar um dos 500 coletores seletivos da Comlurb – os de cor verde – espalhados pela cidade. As agências do Banco Real também têm urnas especiais para o depósito desses materiais.
- Aparelhos e baterias de celular: o descarte pode ser feito em urnas especiais existentes nas lojas das operadoras Claro,Vivo, Oi e Tim. De lá, o conteúdo segue para reciclagem, que reaproveita até 80% do material.
- Computadores e outros equipamentos de informática: os que ainda funcionam podem ser doados ao Comitê para Desenvolvimento da Informática (CDI), ONG que recupera os equipamentos para uso nos chamados projetos de inclusão digital (tel: 3546-6570, das 9 às 18 horas). Mensalmente, a entidade recebe cerca de 400 equipamentos, mas apenas 15% são aproveitados. "Recebemos muito material sucateado, impossível de ser recuperado", diz o fundador e diretor executivo do CDI, Rodrigo Baggio. "As pessoas não sabem o que fazer com esse lixo." Os 85% restantes são reciclados e deles resultam 5 toneladas de plástico e 10 toneladas de ferro por ano.
- Geladeiras, micro-ondas, TVs, DVDs e outros eletrodomésticos: a Comlurb tem um serviço de remoção gratuito (tel: 2204-9999, de segunda a sexta, das 6 às 22 horas) e encaminha o material para uma triagem, feita por catadores de recicláveis.
sábado, 25 de julho de 2009
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